Justiça Federal atende a mais de 60 famílias na 4ª Triagem Diagnóstica de Autismo

Secom JFAL

Crédito da foto: Secom JFAL

O sábado, 26, foi de acolhimento, empatia, sensibilidade e portas abertas na Justiça Federal em Alagoas (JFAL). Promovida através da Comissão de Acessibilidade (CAI) da JFAL com o apoio de instituições parceiras, a 4ª Triagem Diagnóstica de Autismo ofertou a mais de 60 famílias de crianças com suspeita de autismo, atendimento médico, acompanhamento psicológico e orientações jurídicas. As famílias selecionadas preencheram o cadastro disponibilizado no início de abril pela JFAL. As informações foram checadas e as famílias selecionadas, atendidas com hora marcada, no espaço da instituição, no bairro da Serraria.

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O presidente da Comissão de Acessibilidade (CAI) da JFAL, juiz federal Felini Wanderley, explica que o fechamento do diagnóstico representa mais dignidade para as famílias atípicas. “Nesta 4ª edição da Triagem, atendemos o maior número de famílias em relação às outras edições. As famílias compareceram e tudo ocorreu conforme o esperado. Quanto mais médicos aderem, mais famílias podemos atender. No caso do autismo, o principal é o fechamento do diagnóstico, porque quanto mais cedo, melhor. Então, essa iniciativa vem como uma tentativa de amenizar o sofrimento dessas famílias que, muitas vezes, esperam por anos por um diagnóstico, e este é apenas o primeiro passo para estas famílias terem mais dignidade”, afirmou o magistrado.

O presidente do Sindicato dos Advogados e Advogadas de Alagoas (Sindav/AL), Elias Ferreira, parabenizou a iniciativa e destacou o impacto social promovido. “A JFAL tem sido uma irmã das necessidades da sociedade. A iniciativa de diagnosticar é de extrema importância, considerando que ter o diagnóstico é elemento fundamental para quem necessita conseguir acessar seus direitos. O Sindicato entende essa relação mais próxima da Justiça com a sociedade cada vez mais necessária e parabeniza a ação”, pontuou o presidente.

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Acompanhamento psicológico

O psicólogo e coordenador da Clínica Integração, Elyemerson Alves de Souza, ressaltou a relevância da ação. “Esse evento abre portas. Apesar de ser uma temática da qual já falamos e haja conscientização sobre, para muitas famílias, as condições neurotípicas ainda são um tema novo. Muitas vezes, quando os pais começam a suspeitar, não sabem o que fazer. Então, ter este evento, como um primeiro passo, facilitando o atendimento e diagnóstico dessas crianças é muito importante”, afirmou.

Ele também ressalta a importância do acompanhamento psicológico não só para a criança diagnosticada, mas também para a família. “O acompanhamento psicológico traz benefícios não só para as crianças que recebem o tratamento, mas também para para a família, Geralmente, diante de todas as dificuldades apresentadas por uma criança com autismo, os pais também acabam tendo dificuldades, é o que chamamos de adoecimento efeito dominó. Então o atendimento psicológico vai ajudar a promover a saúde mental dessa família também”, concluiu o psicólogo.

A Clínica Ciclos esteve presente com a montagem de uma sala de acomodação sensorial. “A sala de acomodação sensorial serve como uma forma de acalmar as crianças quando elas estão agitadas. Temos recursos com estímulos que conseguem deixar as crianças mais tranquilas, como almofadões, piscina de bolinhas e luzes mais baixas. A exposição a este tipo de ambiente é muito importante. São menos informações sensoriais para que o cérebro da criança consiga se organizar e processar as situações com mais calma”, explica a terapeuta Carla Araújo, coordenadora da clínica.

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Aceitação

Aline Ferreira é avó de Álvaro, de dois anos. Ela conta que já suspeitava da condição de seu neto por ter um sobrinho diagnosticado com autismo e comportamentos semelhantes aos apresentados por Álvaro. Ela aproveitou a oportunidade ofertada pela Triagem para ter a certeza e fechar o diagnóstico de seu neto. “Eu já convivia com o Caio, meu sobrinho, e foram 5 anos até fecharmos o diagnóstico dele. Foi um diagnóstico tardio e que prejudicou o desenvolvimento dele. Comecei a suspeitar do meu neto, porque ele não atende bem a comandos, tem o sono complicado, e começou a apresentar comportamentos agressivos e repetitivos. Assim que notei a estereotipia, comecei a buscar ajuda”, relata.

O pai de Álvaro, Jonathan Santos, conta que o maior desafio é a aceitação. “Para quem nunca passou por uma vivência como essa, como eu, é tudo muito complexo. É assustador ver o seu filho batendo a cabeça na parede. Você não entende. Mas também é um aprendizado para mim enquanto pai. Hoje tenho mais amor e carinho pelo meu filho”, disse Jonathan.

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