Comissão de Acessibilidade discute relatório sobre percepção da acessibilidade e aponta avanços necessários
Os dados foram contabilizados através do preenchimento de um formulário encaminhado para todo o corpo funcional
Crédito da foto: Secom JFAL
A Comissão de Acessibilidade da Justiça Federal em Alagoas (JFAL) compartilhou com os membros do próprio grupo de trabalho e supervisores de alguns setores relacionados, o relatório geral da pesquisa sobre a percepção da acessibilidade na instituição em 2025. O levantamento reuniu contribuições de magistrados, servidores, estagiários e terceirizados com deficiência cadastrada no Núcleo de Gestão de Pessoas (NGP). A reunião, realizada na tarde desta quinta-feira, 2, no miniauditório da JFAL, também contou com a participação de servidores lotados nas Subseções do interior do estado,que participaram de forma remota.
O levantamento abordou temas como melhorias na estrutura física, comunicação inclusiva para pessoas cegas e surdas e o uso mais adequado dos espaços da instituição. A apresentação aconteceu no miniauditório da JFAL e foi conduzida pela diretora do NGP e integrante da comissão, Teresa Aragão.
O número de participantes na pesquisa foi muito significativo, conforme a diretora do NGP
Crédito da foto: Secom JFAL
De acordo com a diretora do NGP, Teresa Aragão, o índice de participação do público interno na pesquisa foi expressivo. “Ao considerar o total de pessoas com deficiência nos sistemas internos, que somam 28, e a quantidade de respostas à pesquisa, 24, temos um percentual de 85,7%. Isso demonstra um alto engajamento, sobretudo ao se levar em conta os oito grupos profissionais envolvidos”, destacou.
Os dados mostram que a maioria dos respondentes declarou ter deficiência física (41,6%), seguida por visual (25%), auditiva (16,7%), psicossocial (8,3%), intelectual (4,2%) e múltipla (4,2%). Entre as funções mais representadas estão técnicos judiciários da área administrativa e analistas da área judiciária.
O presidente da Comissão, Fellini Wanderley e o supervisor da Sape, Rogério Pimentel debateram questões referentes a estrutura da JFAL
Crédito da foto: Secom JFAL
Para o presidente da Comissão de Acessibilidade, juiz federal Fellini Wanderley de Oliveira, a análise foi um ponto de partida para novas ações. “A partir desse relatório, a Comissão de Acessibilidade e Inclusão poderá desenvolver muitas coisas, como capacitação e sugerir mudanças práticas na estrutura física da JFAL”, avaliou.
A servidora Giselle Rolemberg, também integrante da comissão, reforçou a importância da escuta ativa. “A pessoa com deficiência sofre com detalhes que, muitas vezes, passam despercebidos. Se não ouvirmos quem realmente precisa da acessibilidade, alguns problemas não serão resolvidos”, afirmou.
O diretor do Núcleo de Administração, Rogério Pimentel, adiantou que algumas medidas já estão sendo planejadas. “Esse tipo de análise é fundamental para nortear novos projetos. Entre as melhorias previstas estão ajustes na Central de Atendimento e obras de recapeamento asfáltico”, explicou.
Instituída pela Portaria nº 193/2024, a Comissão de Acessibilidade e Inclusão da Justiça Federal em Alagoas atua em conformidade com a Resolução CNJ nº 401/2021 e tem como objetivo desenvolver ações alinhadas às diretrizes nacionais de inclusão.